Sinalização obrigatória para transporte de cargas: entenda como se adequar ao RNTRC

Sinalização obrigatória para transporte de cargas: entenda como se adequar ao RNTRC

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Todos já notamos que alguns caminhões trafegam pelas rodovias exibindo faixas, placas ou símbolos diferenciados. Esses detalhes não estão ali por acaso. Na verdade, eles são exigidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e servem para identificar cargas específicas, garantindo que todo o processo de transporte aconteça de forma segura e regulamentada.

Então, se a sua intenção é entender melhor como funciona a sinalização no transporte de cargas, fique tranquilo porque aqui você vai encontrar tudo o que precisa saber! Continue lendo este artigo, vamos explorar quais tipos de sinalização são obrigatórios e quando devem ser utilizados. Assim, você fica por dentro de todas as exigências legais e evita dores de cabeça no futuro.

Como funciona a sinalização no transporte de cargas e por que ela é essencial para a segurança?

A sinalização no transporte de cargas segue uma série de normas e regulamentações estabelecidas por diferentes órgãos e legislações. Entre elas, estão regras que tratam do uso de faixas refletivas, do transporte de produtos perigosos, das cargas indivisíveis ou excedentes, além de orientações sobre altura, largura e comprimento dos veículos. Ou seja, cada detalhe é pensado para garantir que o transporte seja realizado com o máximo de segurança.

Além disso, compreender como essa sinalização funciona é fundamental por diversos motivos, entre eles:

1. Segurança viária:

As sinalizações ajudam a proteger vidas nas estradas, já que alertam os demais condutores sobre cargas perigosas ou caminhões com dimensões acima do padrão. Assim, todos podem adotar uma direção mais preventiva e segura

2. Evitar multas e retenções:

Órgãos fiscalizadores, como PRF, DETRAN e ANTT, exigem o uso correto das sinalizações específicas. Dessa forma, a ausência delas pode resultar em multas, retenção do veículo e até proibição de prosseguir viagem.

3. Cumprimento da legislação:

Cada tipo de carga exige um aviso visual correspondente. Portanto, transportar sem sinalização adequada significa estar em desacordo com a lei, o que pode comprometer a imagem da transportadora.

Em resumo, manter a sinalização correta não é apenas uma obrigação legal, mas também uma prática essencial para garantir segurança, evitar penalidades e transmitir credibilidade no transporte de cargas.

Tipos de sinalização no transporte de cargas mais conhecidos

No universo do transporte de cargas, existem diversos tipos de sinalização, e compreender cada sinal é essencial para garantir a segurança e evitar problemas com a fiscalização.

A seguir, listamos algumas das principais sinalizações que todo transportador deve conhecer e aplicar corretamente para rodar em conformidade com a lei:

1. Veículo Longo: sinalização obrigatória para caminhões grandes

A placa “VEÍCULO LONGO” é obrigatória na traseira de caminhões com comprimento total superior a 19,80 metros. Ela alerta outros motoristas sobre veículos que estão fora dos padrões de altura, largura ou comprimento, ajudando a evitar acidentes, especialmente durante ultrapassagens.

A obrigatoriedade dessa sinalização está prevista na Resolução Contran nº 882/2021, garantindo que os transportes por via terrestre sejam realizados com segurança e dentro da legislação.

2. Faixas refletivas: segurança e visibilidade para caminhões.

As faixas refletivas são adesivos aplicados nas laterais e na traseira dos caminhões para aumentar a visibilidade, especialmente à noite ou em condições de baixa luminosidade. Elas são obrigatórias para veículos com Peso Bruto Total (PBT) acima de 4.536 quilos.

O uso das faixas refletivas é regulamentado pela Resolução CONTRAN número  948, 2022, que define os requisitos técnicos para aplicação da película retrorrefletiva nos veículos. Segundo a norma, as faixas devem apresentar cores alternadas vermelha e branca e ser posicionadas em locais específicos. Tudo isso tem como objetivo garantir a máxima visibilidade, tanto durante o dia quanto à noite, aumentando a segurança nas estradas.

3. Tacógrafo: monitoramento da jornada e segurança no transporte de cargas.

O tacógrafo é um equipamento essencial que registra a velocidade, a distância percorrida e o tempo de direção do veículo, permitindo que empresas e autoridades fiscalizem a jornada de trabalho dos motoristas e promovam uma condução mais segura nas estradas.

De acordo com a Resolução CONTRAN número 87, 1999, veículos de carga com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 quilos são obrigados a possuir tacógrafo em pleno funcionamento. Além disso, a Lei número 14.565, 2023 trouxe atualizações relacionadas à verificação, calibração e taxas do Inmetro para cronotacógrafos, tornando o processo mais acessível e garantindo que os equipamentos estejam sempre em conformidade.

Outro ponto importante é que caminhões com tacógrafo regularizado costumam exibir etiquetas ou lacres de aferição, facilitando a fiscalização e assegurando maior transparência sobre a conformidade do equipamento.

4. Painéis e rótulos de risco: sinalização obrigatória para cargas perigosas.

No transporte de produtos perigosos, é obrigatório utilizar dois tipos de sinalização: o painel de segurança e o rótulo de risco, garantindo que todos os motoristas e autoridades identifiquem rapidamente o tipo de carga e seu nível de periculosidade.

  • Painel de segurança: é uma placa retangular laranja que exibe os números de risco e da ONU, indicando de forma clara o tipo de perigo e o grau de risco da carga, seguindo padrões internacionais reconhecidos.
  • Rótulo de risco: possui formato de losango e apresenta um símbolo específico, identificando o tipo de risco, como inflamável, tóxico, corrosivo ou nocivo ao meio ambiente, dividido em 9 classes diferentes conforme o grau de periculosidade.

A Resolução ANTT número 5.998/2022, vigente desde 1º de junho de 2023, atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, alinhando-o às normas internacionais e definindo padrões técnicos para painéis e rótulos de risco, garantindo maior segurança no transporte. A ABNT NBR 7500 continua como referência para a aplicação e visibilidade da sinalização, eficaz em qualquer condição de luz.

5. Sinalização de emergência: itens obrigatórios para segurança veicular.

A sinalização de emergência inclui equipamentos essenciais como triângulo de sinalização, estepe, macaco e chave de roda, obrigatórios para todos os veículos e sempre em boas condições.

Eles são fundamentais em paradas inesperadas, ajudando a alertar outros motoristas e reduzir riscos de acidentes, conforme o Art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Conclusão: a importância de manter a sinalização em dia

Deixar de utilizar as sinalizações obrigatórias, especialmente no transporte de produtos perigosos, pode trazer sérias consequências e comprometer a segurança de todos nas rodovias. A ausência de painéis e rótulos corretos, por exemplo, pode impedir que o veículo siga viagem, conforme determina a ANTT. Nesses casos, os embarcadores podem ser multados, com valores de 1.400 reais para quem estiver sem sinalização, ou 1.000 reais em casos de sinalização incompleta ou inadequada.

Além disso, estar totalmente regularizado no RNTRC é indispensável. Nesse sentido, o Portal do RNTRC facilita o cadastro de veículos e a inclusão de placas de forma rápida e segura, garantindo conformidade legal e maior eficiência nas operações diárias, sempre contando com nosso auxílio profissional.

Portanto, manter a sinalização e a documentação em dia não é apenas uma exigência legal: é uma prática essencial. Dessa forma, é possível evitar penalidades financeiras e operacionais, além de promover a segurança no transporte rodoviário de cargas.

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